sexta-feira, 2 de maio de 2008

O capitalismo e o neo-liberalismo estão acabando com a arte

O artista contemporâneo está esquecendo de emocionar seu público. Ninguém sai de casa para ver uma tese ou uma idéia feita as presas. Muitas das idéias (desses trabalhos artisticos) deviam, como toda boa obra de arte, ser trabalhada como uma pedra bruta para evidenciar seu brilho. A arte não é a filosofia que explora só a massa das idéias. A arte tem que te tocar pelo coração, tem que te deixar na lona, te tranfrormar, te provocar, ou te transportar para dentro de outra realidade. Para isso o criador de estórias terá que possibilitar a participação do público. Tenho visto uma enormidade de trabalhos que são formas ou formulas. Um blá, blá que não gera vida, que não choca, que não gosta gostando, que não ama odiando, que quer de perto mas vive longe; em suma o ser contraditório que somos não aparece nessas pretensas obras de arte. Nenhum desses artistas dialóga dialéticamente com o mundo. Sei que somos obrigados a vivermos fazendo coisas, uma enormidade de coisas todos os dias, nem por isso devemos nos render ao capitalismo e o neo-liberalismo que estão acabando com a arte e com a nossa maneira de sentir o mundo. Como artista, o que mais eu quero ver na arte desse povo todo que se esqueceu que obra de arte tem que transender as idéias, " um corpo não é nada sem uma alma. Uma alma também não é nada sem um corpo." A soma dos dois é obra de arte.

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