sábado, 29 de novembro de 2008

O ator nelson Peres fala de seu personagem da peça: Comprei um treisoitão e fui brincar com Deus de Joeli Pimentel

O ator Nelson Peres fala do seu trabalho na peça da Cia Desencontrários em Cartaz no teatro dos Satyros 1 todas as Quintas as 21h00 até 11 de dezembro, Pça Roosevelt - centro - consolação - SP. Para acessar a entrevista é só clicar no link:
http://br.youtube.com/watch?v=lr0cNVyWvLo

Um poema do livro inédito A Musa Chapada que será lançado dia 8 de dezembro do Ademir Assunção

A VOLTA DO ANJO TORTO

no canto da sala a TV ligada
o pastor gritava
a bolsa despencava
as contas vencidas
as batatas queimadas
o dólar subia
o poeta pirava
“meu deus como pode
tanta merda enlatada?
que gente mais troncha
que vida fodida
quer saber
dessa noite não passa
ou pulo do empire state
ou me torno um homicida”
mas eis que um anjo torto
aquele mesmo, com asas de avião
entrou pela porta
um baseado na mão
bateu as duas asas
e foi logo dizendo:
“sai dessa, poeta
pára de punheta
vive a vida, desencana
come sua mina, segue seu rumo
o real é a ilusão virtual
dos que batem a cara contra o muro”

domingo, 23 de novembro de 2008

"Quem se importa? Tentei me matar. Enxuguei três litros de Old Eight. Dancei na madrugada do bexiga. Uma mendiga me deu a playboy da feiticeira. Atirei garrafas vazias na Vinte e Três de Maio... Chuva repentina no pára-brisas de um carro. Voltei pra casa. Queria rezar, não encontrei o "sutra", aprendi a rezar com ela. Dormi de pau doendo pensando na Feiticeira".

trecho da peça:
Comprei um Treisoitão e fui brincar com Deus
de joeli pimentel
Em cartaz no Satyros 1
todas as Quintas até dia 11 de dezembro

sábado, 22 de novembro de 2008

O desgaste das peças

Eu não gosto de falar muito do meu trabalho, até porque acredito que a arte é pra ser sentida, descoberta... pra vivenciarmos mundos que não são os nossos. Sempre falo de paixão, amizade, lealdade. Em meus textos os personagens parecem nunca conseguirem deixar de serem tão sozinhos e de nunca conseguirem o que querem. Como eu venho de uma cidadezinha do interior do Paraná, Cambé, nunca fui garoto de centros urbanos, nunca gostei do cinismo das pessoas da cidade, sempre me intrigou a vida das pessoas, a maneira como cada um lida com os problemas do dia a dia. Por isso retrato as pessoas comuns. Foi à curiosidade que me trouxe até aqui. Tenho 38 anos e ainda não perdi o desejo de saber. Não quero mais mudar o mundo, mas, tento descobrir o mundo que somos e porque somos assim. Porque a cor azul e não a verde? Acredito que viver é se atritar, bater um corpo no outro, como no sexo a vida é assim, o desgaste de uma peça que fura aço, a transformação das coisas no que elas são. Formação, desejo, religião, política, artes... Há sempre um Deus por ai querendo nos manipular... Vivemos uma época de pedantes...

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

O caminho

O melhor caminho é aquele que você consegue voltar. Ontem foi a segunda apresentação do 3oitão no Satyros. Voltar a esse texto me faz voltar também aos sentimentos confusos de quando ele foi escrito. Hoje vejo com outros olhos, mas endendo um pouco mais porque criei esses personagens. Parafraseando o filósofo, " humano demasiado humano". Parece que finalmente essa peça achou seu público certo na Roosevelt. Tomara.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Estréia da peça: Comprei um treisoitão e fui brincar com Deus no Espaço dos Satyros 1



os amigos na festa da estréia do 3oitão













a equipe do 3oitão, nelsom peres, taiguara chagas, danielli avila
joeli pimentel e fabio arruda
guilherme e eu
dany, eden eu e uma amigo
dany eu fabio araujo e sua namorada

domingo, 9 de novembro de 2008

Festa HOJE na GAMBIARRA

Comemorando a estréia de quinta - feira passada da peça Comprei um treisoitão e fui brincar com Deus da Cia Desencontrários, estaremos hoje a noite na Gambiarra; mais informações acesse o link: http://gambiarra.afesta.nafoto.net/

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

ESTRÉIA HOJE AS 21H00 NO SATYROS 1


COMPREI UM TREISOITÃO E FUI BRINCAR COM DEUS
Não percam, esse é meu primeiro texto pra teatro, esperei oito anos para encená-lo foi montado em 2002 uma montagem bacana, mas agora dou o meu recado, acrescentei cenas novas, ampliei a estrutura, modifiquei o tom, mas continua uma peça de uma amor dolorido, essa dor de se viver, essa loucura que é ser um humano. Sem moralismo ou hipocrisia, caracteres vivos de pura poesia. Humor? Tem. Paixão? Tem. Violência? Tem. Com Joeli Pimentel, Danielli Avila, Nelson Peres e Fabio Arruda.