Numa noite dessas trombei o Márcio Américo, foi de frente pra um teatro. Quando o conheci ele escrevia e já fazia na rádio Transamérica o que o Pânico na tevê faz agora. Acho que todo escritor deveria casar, pelo menos pra ele e pra mim esta fazendo muito bem. Sobra tempo para escrever e quando nada dá certo tem sua mulher para confortá-lo e claro que aconpanhado de uma boa garrafa de vinho ai o resto é silêncio. O Marcião conseguiu depurar a pedra e mostrar seu miolo, como contador de história o cara conseguiu um feito, não foi destruido pela voracidade juvenil. Quem disse que precisamos sofrer para escrever bem? Tá até ajuda. Mas o melhor é o que criamos, o que conseguimos descobrir sobre esse tema e sobre esses personagens.
De longe enquanto conversava com outros amigos olhava para ele, percebi que aquele desespero que lhe era peculiar tempos atrás estava controlado, sua gana de vida agora estava projetada dentro de sua obra. Como narrador ele nos faz ver e sentir os pensamentos e as dores e alegrias de seus personagens. Como um sábio ele observa.
sexta-feira, 25 de abril de 2008
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