Começamos a ensaiar meu primeiro texto para teatro, já fiz minha estréia na direção com outros textos meus, Ontem á noite fiz minha garota chorar, Jovens Suícidas, O Ursinho que não queria dormir, Mother Fucker - O começo de uma banda de rock and roll, mas, dirigir este que é o meu primeiro texto depois de quase nove anos, está sendo du caralho, bacana me deparar com esse material, com esses caracteres vivos, essas almas pertubadas. Esse é o meu texto mais existêncialista, corrente filosófica da qual me indentifico muito. Escrevi essa peça numa época bem dura de minha vida, as palavras são como sangue numa tela branca de um corpo de ossos. Claro que tive influências, as mais diversas, mais o que eu gosto, é que com essa peça descobri meu estilo, minha visão de mundo; algo que é recorrente na minha dramaturgia: a falta de comunicação, personagens que tentam se enquadrar no mundo, personagens humanos a deriva.
Não tenho medo de expor o patético de cada um deles, não sou fodão, sou só um cara comum que veio do interior do paraná, um cara que ama o teatro, que quer se comunicar com os outros se utilizando desse meio poderoso.
Não tenho medo de expor o patético de cada um deles, não sou fodão, sou só um cara comum que veio do interior do paraná, um cara que ama o teatro, que quer se comunicar com os outros se utilizando desse meio poderoso.
Samuca, Gel, Pepe e Urso não sabem contra quem se rebelar. Conscientes ou não de seu abandono e solidão, condenados a serem livres, se tornam seres angustiados que sem ambição escolhem adiar sua existência consumindo drogas.
Esse drama contemporâneo fala de solidão, amor, drogas, do “salve-se quem puder” de uma maneira dura, sem meias palavras, afinal ninguém tem mais nada a perder.
São outsiders que não se enquadram no estilo de vida que prega o consumismo. Eles não sabem direito contra quem se rebelar, só sabem que não podem mudar o sistema e se complicam cada vez mais.
Os personagens não tem perspectiva de vida, a única maneira que eles acham pra viver é através da violência. Estão presos dentro de um labirinto, e não sabem de quem é a culpa. Talvez eles sejam os culpados.
Se dopam para se libertarem, pelo menos por alguns instantes, do ciclo vicioso de miséria na qual foram criados.
Deus? Talvez tenha esquecido deles. Mas que Deus? O que a religião prega ou como metáfora dos poderosos, o poder de forma geral, aqueles que influenciam e podem modificar a vida das pessoas como os governantes desse país?
São outsiders que não se enquadram no estilo de vida que prega o consumismo. Eles não sabem direito contra quem se rebelar, só sabem que não podem mudar o sistema e se complicam cada vez mais.
Os personagens não tem perspectiva de vida, a única maneira que eles acham pra viver é através da violência. Estão presos dentro de um labirinto, e não sabem de quem é a culpa. Talvez eles sejam os culpados.
Se dopam para se libertarem, pelo menos por alguns instantes, do ciclo vicioso de miséria na qual foram criados.
Deus? Talvez tenha esquecido deles. Mas que Deus? O que a religião prega ou como metáfora dos poderosos, o poder de forma geral, aqueles que influenciam e podem modificar a vida das pessoas como os governantes desse país?
Então como resposta: Comprei um treisoitão e fui brincar com Deus
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